Archive for novembro, 2009


From: JC Couto
[mailto:jccoutobrasil@gmail.com]
Sent: sábado, 28 de novembro de 2009 12:46
To: JC Couto (Yahoo!)
Subject:
Rachaduras no Paraíso

Uma reportagem interessante sobre a "maquiagem" e
a verdadeira identidade de Dubai.

JC Couto

Twitter : @jccoutobrasil

Rachaduras no paraíso

Com a crise, aparecem as primeiras fissuras e as paisagens menos cintilantes do templo do consumismo global.

JOHANN HARI

23456

A imagem sorridente do xeque Mohammed bin Rashid Al
Maktoum, o soberano de Dubai, aparece a cada dois arranha-céus do emirado. Ele
vendeu Dubai ao mundo como a cidade das Mil e Uma Luzes, uma Shangri-lá do
Oriente Médio protegida das tempestades de areia que assolam a região. Sua
imagem domina a silhueta que imita a de Manhattan, radiante entre as pirâmides
de vidro e os hotéis construídos em forma de moedas de ouro empilhadas. Lá está
ele, no prédio mais alto do mundo – uma agulha fina, invadindo o céu como
nenhuma outra construção humana na história.

É abril de 2009 e alguma coisa está mudando no sorriso do xeque Mohammed. Entre
os guindastes espalhados por toda parte, muitos estão paralisados, como que
perdidos no tempo, e há inúmeros canteiros de obras inacabados, num abandono
completo. Nas construções mais arrojadas – como o hotel Atlantis, o
pantagruélico castelo cor-de-rosa erguido numa ilha artificial em mil dias, ao
custo de 1,5 bilhão de dólares – o teto está caindo aos pedaços. Nessa Terra do
Nunca edificada num extremo do mundo, as rachaduras começam a aparecer. Dubai é
uma metáfora viva do mundo globalizado neoliberal que pode estar desmoronando.

A canadense Karen Andrews não consegue falar. Toda vez que começa a contar sua
história, abaixa a cabeça. Ela é magra e forte, com o esplendor embotado de
quem já foi rico. Suas roupas estão amarrotadas como a testa, enrugada.
Encontro-a no estacionamento de um dos hotéis mais chiques de Dubai, dentro de
um Range Rover. Karen dorme naquele carro e naquela garagem há meses, graças à
caridade dos funcionários bengaleses do estacionamento, que não tiveram coragem
de expulsá-la.

Ela chegou a Dubai quatro anos atrás. O marido tinha conseguido um bom emprego
numa multinacional. "Quando ele mencionou Dubai, logo rebati: ‘Não vou me
vestir de preto nem parar de beber.’ Mas ele me pediu uma chance", conta
Karen.

As apreensões da canadense desapareceram assim que o casal aterrissou no
emirado, em 2005. "Parecia uma Disneylândia para adultos, com o xeque
Mohammed no papel de Mickey", relembra. "A vida era fantástica.
Tínhamos um apartamento enorme, maravilhoso, um monte de serviçais, tudo livre
de impostos. A vida era uma festa." Não tardou muito e Daniel, o marido de
Karen, comprou dois imóveis.

Mas, pela primeira vez na vida, ele se embaralhou nas finanças. O casal acabou
se endividando e Karen começou a estranhar as confusões financeiras do marido.
Passado um ano, descobriu que Daniel tinha um tumor maligno no cérebro.

As dívidas cresceram. "Até então, eu não sabia nada a respeito das leis de
Dubai. Com todas essas grandes corporações se instalando no emirado, imaginei
que o sistema local deveria ser parecido com o do Canadá, ou o de qualquer
outra democracia liberal." Ninguém lhe havia contado que em Dubai não
existe o conceito de falência. Quem se endividar e não tiver como pagar vai
para a cadeia.

"Quando soubemos disso, sentei com Daniel e constatamos que precisávamos
ir embora daqui", prossegue Karen. O marido sabia que, se pedisse
demissão, poderia contar com uma indenização cujo valor bastaria para pagar as
dívidas. Mas ele acabou recebendo menos do que o previsto e a dívida não foi
saldada. Em Dubai, quando um funcionário larga o emprego, o empregador tem o
dever de comunicar o fato ao seu banco. Caso o funcionário tenha alguma dívida
em aberto, não coberta pelo seu saldo bancário, todas as suas contas são
automaticamente bloqueadas e ele fica proibido de sair do país.

"De repente, nossos cartões de crédito pararam de funcionar. Fomos
despejados do nosso apartamento e não tínhamos mais nada." Daniel foi
preso no dia do despejo, Karen ficou seis dias sem conseguir falar com o
marido, que acabou sendo condenado a seis meses de prisão diante de uma corte
que só falava árabe, sem tradução. "Agora estou aqui, sem nada, aguardando
que ele saia da prisão", explica a mulher do Range Rover. Com o olhar
perdido de constrangimento, ela me pergunta se posso lhe pagar o almoço.

O caso de Karen não é único. Por toda a cidade existem imigrados dormindo
clandestinamente nas dunas de areia, no aeroporto ou no próprio carro. "É
preciso entender que em Dubai nada é o que aparenta ser", resume a
canadense. "Você é atraído pela idéia de um lugar moderno, mas por trás
dessa fachada o que temos é uma ditadura medieval."

Trinta anos atrás, quase toda a área onde se ergue hoje o emirado de Dubai era
deserta, habitada somente por cactos, plantas e escorpiões. Tudo começou em
meados do século xviii, com a fundação de uma pequena vila ao sul do Golfo
Pérsico que atraiu mergulhadores em busca de pérolas. Em pouco tempo, a
população foi se tornando mais cosmopolita, com viajantes vindos da Pérsia, do
subcontinente indiano e de outros países árabes. Todos na esperança de
enriquecer. Batizaram a vila com o nome de um gafanhoto predador que reinava na
região, daba. Mas não tardou para a cidade ser dominada pelas Forças
Armadas do Império Britânico, e assim permaneceu até 1971. Quando os ingleses
bateram em retirada, Dubai se juntou a seis pequenos estados vizinhos e
formaram uma federação, os Emirados Árabes Unidos.

A retirada britânica coincidiu com a descoberta de generosos lençóis de
petróleo na região, e os xeques agora soberanos passaram a viver um dilema
singular. Eles eram, em grande parte, nômades analfabetos que haviam passado a
vida perambulando pelo deserto em cima de camelos. Agora tinham um pote de ouro
nas mãos. O que fazer?

Comparado ao vizinho emirado de Abu Dhabi, Dubai tinha pouco petróleo. Por
isso, o xeque Mohammed Al Maktoum decidiu investir na construção de algo que
durasse. Israel não se gabava de ter feito o deserto florescer? Al Maktoum
decidiu fazer o deserto enriquecer. Planejou construir uma cidade que se
tornasse o centro do turismo e de serviços financeiros, atraindo dinheiro e
profissionais do mundo inteiro. Convidou o mundo a seu paraíso fiscal – e o
mundo veio, esmagando os habitantes locais, que agora representam só 5% da
população total de Dubai. Em apenas três décadas uma cidade inteira surgiu do
nada. Um salto do século xviii para o século xxi em apenas uma geração.

Existem três Dubais diferentes, cada um girando em torno dos outros dois. Há os
expatriados ocidentais, como Karen, os árabes nativos ou dubaienses, liderados
pelo xeque Mohammed, e a mão de obra estrangeira, que construiu a cidade e ali
ficou presa. Essa última permanece invisível, apesar de estar por toda parte,
enfiada em uniformes azuis e seguindo um regime de trabalho forçado.

Todas as noites, os milhares de peões estrangeiros que constroem Dubai são
levados dos canteiros de obras para uma imensidão de concreto, em pleno
deserto, distante uma hora da cidade. Ali permanecem isolados. Até poucos anos
atrás, eles eram transportados em caminhões de gado, mas diante do desagrado
dos expatriados agora são levados em ônibus fechados, que funcionam como
estufas no calor do deserto. Todos suam como esponjas sendo espremidas.

Sonapur é uma cidade-dormitório de quilômetros e quilômetros de prédios de
concreto, todos idênticos. Em hindi o nome significa "cidade do
ouro". São cerca de 300 mil homens que moram amontoados. No primeiro
acampamento que visitei, logo fui cercado por moradores, ávidos para desabafar
com quem se dispusesse a ouvi-los. O lugar fede a esgoto e suor.

Sahinal Monir é um jovem magro, de 24 anos, vindo de Bangladesh. Quatro anos
atrás, um agenciador de mão de obra apareceu em seu vilarejo, anunciando que
havia um lugar, Dubai, em que se poderia ganhar 40 mil takas (o equivalente a
640 dólares) por mês, trabalhando das 9 às 17 horas no ramo da construção. Com
direito a acomodação decente, boa comida e outros cuidados. Bastava pagar
adiantado o equivalente a 3 700 dólares pelo visto de trabalho – a despesa
seria facilmente recuperada com os seis primeiros meses de serviço. Sahinal
vendeu o pedaço de terra da família, contraiu um empréstimo junto a um
comerciante local e seguiu rumo ao paraíso.

Assim que desembarcou no aeroporto de Dubai, teve o passaporte confiscado pela
empresa construtora. Nunca mais viu o documento. Comunicaram-lhe secamente que
trabalharia catorze horas por dia no calor do deserto (os turistas ocidentais
recebem a recomendação de não ficarem nem cinco minutos expostos ao sol, a
temperaturas que podem chegar a 55 ºC) – por menos de um quarto do salário
prometido. Se não estivesse satisfeito, acrescentou o contratante, poderia
voltar para casa. "Mas e o meu passaporte? Nem tenho dinheiro para a
passagem de volta", contestou Sahinal. "Então é melhor
trabalhar", foi a resposta.

Sahinal ficou em pânico.
Sua família – filho, filha, mulher e pais – esperava pela
remessa de dinheiro. Só que ele teria de trabalhar dois anos para pagar o custo
da viagem – e ganhar menos do que em Bangladesh.

Seu dormitório é pequeno. Beliches de três andares são compartilhados com
outros onze homens. Todos os seus pertences estão empilhados no beliche: três
camisas, uma calça extra e um celular. O quarto cheira mal porque os lavatórios
do acampamento – arcaicos buracos no chão – estão entupidos com excrementos e
cobertos por nuvens de mosquitos. Não há ar condicionado nem ventilador.
"A gente passa a noite suando e se coçando", disse. No alto verão,
dorme-se no chão, no telhado, em qualquer lugar onde se possa pegar uma pequena
brisa.

E o trabalho? "É o pior do mundo", diz Sahinal. "Temos que
carregar tijolos e blocos de cimento de 50 quilos num calor infernal. Você sua
tanto que fica sem urinar por dias ou semanas. É como se todo o líquido saísse
pela pele. Ficamos tontos e doentes, mas só podemos parar por uma hora, à
tarde. Se faltarmos ao trabalho por motivo de doença, somos descontados, e
ficaremos presos aqui por mais tempo."

Sahinal trabalha no 67º andar de uma reluzente torre em construção, ainda sem
nome. Nos quatro anos de sua estadia, jamais chegou a ver a Dubai sedutora dos
folhetos, apenas os andares que constrói. Pergunto se sente raiva. Ele fica
calado por um bom tempo. "Aqui ninguém manifesta sua raiva", disse.
"Se você a mostra, te mandam para a prisão e te deportam."

Indago se o grupo se arrepende de ter vindo. Todos olham para baixo. Depois de
um tempo, alguém rompe o silêncio: "Sinto saudade do meu país, da minha
família, da minha terra. Em Bangladesh, a terra dá frutos. Aqui, não dá para
plantar nada. Só tem petróleo e obras."

Com a atual recessão, dezenas de acampamentos ficaram sem energia elétrica, e
há quem não receba salário há meses. Muitas empresas saíram de Dubai sem sequer
devolver os passaportes aos contratados. Se Sahinal sumir em Dubai, talvez
ninguém note. Um cidadão inglês que trabalhou no setor de construção me disse:
"Ocorrem inúmeros suicídios nos acampamentos e nas obras, mas ninguém quer
tocar no assunto. Dizem que foi ‘acidente’."

Um estudo da ong Human Rights Watch revelou que existe um ocultamento da real
extensão das mortes causadas pela exposição ao calor, excesso de trabalho e os
suicídios. O consulado da Índia registrou 971 mortes de patrícios somente em
2005, mas depois da divulgação desse número a contagem parou de ser feita.

Na distância, a cintilante silhueta de Dubai, que Sahinal ajuda a construir, se
ergue indiferente.        

Os reluzentes centros comerciais de mármore se espalham por toda a cidade. O
calor é tão grande que não se vê ninguém nas calçadas. No interior dessas
catedrais, o tempo parece não passar. O dia tem sempre a mesma luminosidade
artificial, o mesmo piso brilhante, as mesmas grifes de luxo globais. Neles,
Dubai se reduz à sua essência: compras e mais compras. Nos shoppings mais
caros, onde circulo quase sozinho, me dizem que os negócios vão bem, obrigado.
Extraoficialmente, os vendedores parecem assustados. Passo por uma exposição de
chapéus que promove o Grande Prêmio de Turfe de 2009, com peças que custam 1
600 dólares. Entre um e outro shopping, não há nada além de asfalto. Todas as
ruas têm no mínimo quatro pistas. Andar a pé é coisa de suicida.

Como se sente o cidadão local diante da ocupação de seu país por estrangeiros?
Ao contrário do grupo de expatriados com dinheiro e da classe de trabalhadores
escravos, não é prudente sair perguntando essas coisas para dubaienses. Quando
abordados, as mulheres se calam e os homens se ofendem, respondendo secamente
que está tudo bem. Resolvi, então, navegar por blogs na internet e fiz contato
com vários jovens dos Emirados Árabes que me pareceram retratar o pensamento
local. Marcamos encontro num shopping center, é claro.

Ahmed Al Atar é um rapaz charmoso de 23 anos, barba aparada, túnica branca
feita sob medida e óculos finos retangulares. Fala um inglês impecável e
conhece Londres, Los Angeles e Paris melhor do que muitos ocidentais. Reclinado
numa cadeira de um café Starbucks, Ahmed proclama: "Esse é o melhor lugar
do mundo para um jovem! O governo paga seus estudos até o doutorado. Você ganha
um apartamento quando se casa e seu plano de saúde é gratuito. Você não paga
sequer a sua conta de telefone. Quase todo mundo aqui tem empregada, babá e
motorista. E não pagamos impostos. Você mesmo não gostaria de ter nascido
aqui?"

Ele se inclina para frente e prossegue: "Entenda: meu avô acordava cedo
todo dia e disputava o primeiro lugar na fila do poço. Quando o poço secava, a
água era distribuída por camelos. Todos viviam com fome, tinham sede e buscavam
trabalho. Meu avô mancou a vida inteira porque não havia tratamento médico
quando ele quebrou a perna. Agora, olhe só para nós!"

A maioria dos cidadãos locais, como Ahmed, é funcionário público. Por isso, são
poupados da recessão. "Os empregos aqui são seguros", disse ele.
"Você só é demitido se fizer alguma besteira muito grande." Ahmed
admite que a grande quantidade de expatriados possa, às vezes, "estragar"
a paisagem, "mas consideramos a sua vinda como o preço a pagar pelo
desenvolvimento. Não teríamos conseguido de outra forma. Ninguém quer voltar
aos tempos de deserto. Éramos como um país africano e agora temos uma renda per
capita de 120 mil dólares por ano. Do que reclamar?".

O jovem também não vê problemas na falta de liberdade política. "É muito
difícil encontrar um cidadão daqui que não apóie o xeque Mohammed. Ele é um
excelente líder. Garanto que minha vida é muito parecida com a sua",
conclui sorrindo, ao pedir outro caffè latte.

No estiloso Emirates Tower Hotel, encontro Sultan Al Qassemi, de 31 anos,
colunista da imprensa e colecionador de arte com fama de liberal e
contestatório. Sultan se veste com roupas ocidentais – jeans e camiseta Ralph Lauren
– e fala absurdamente rápido, arrolando argumentos.

"As pessoas daqui estão virando bebês obesos e preguiçosos", critica.
"Essa história de babá foi longe demais. Ninguém faz mais nada sozinho.
Por que ninguém trabalha no setor privado? Por que os pais não podem tomar
conta dos próprios filhos?"

Mas quando tento falar da mão de obra escrava que construiu Dubai, ele se
irrita. "O resto do mundo deveria nos dar mais crédito", sustenta
Sultan, "pois somos os seres mais tolerantes do planeta. Dubai é a única
cidade realmente internacional no mundo. Qualquer um que vem aqui é tratado com
respeito."

Os desolados acampamentos de Sonapur ficam a apenas alguns quilômetros dali.
Sultan não gosta do tema. "E os mexicanos não são maltratados em Nova York? Quanto tempo
demorou para os ingleses tratarem bem as pessoas? Eu também poderia ir a
Londres, escrever sobre os desabrigados de Oxford Street e manchar a imagem da
sua cidade! Os trabalhadores aqui podem ir embora quando quiserem, sejam
indianos ou asiáticos!"

Não é bem assim, contesto. O passaporte deles é confiscado e o salário, retido.
"É lamentável que isso ocorra, e os responsáveis deveriam ser punidos. Mas
os trabalhadores sempre podem recorrer a suas embaixadas." Pergunto por
que Dubai proíbe os trabalhadores de fazer greve contra os maus empregadores.
"Graças a Deus que proibimos!", responde, exaltado. "Somos
contra greves. Não queremos ser como a França. Imagine um país em que os
trabalhadores podem parar quando quiserem!"

Ao arrematar a discussão Sultan abranda o tom, sorri e diz: "Lendo as
críticas dos jornalistas ocidentais, me pergunto se vocês não percebem que
estão dando um tiro no próprio pé. O Oriente Médio será muito mais perigoso se
Dubai não der certo. Não exportamos petróleo, exportamos esperança. Os pobres
do Egito, da Líbia ou do Irã crescem dizendo que querem ir para Dubai. Estamos
mostrando como ser um país muçulmano moderno. Não temos fundamentalistas entre
nós. Os europeus não deveriam se alegrar com as nossas derrotas. Sabe o que vai
acontecer se esse modelo fracassar? Dubai vai virar um Irã, um país
islâmico."

Procuro outra vertente das minorias – o pequeno grupo de dissidentes que tenta
minar as leis abusivas dos xeques – e marco encontro com o inimigo público
número um do regime. Mohammed Al Mansoori, de túnica branca e rosto forte, dá o
tom a seu discurso: "Aqui não há liberdade. A família real acha que é dona
do país e que todos somos seus servos."

Mohammed nasceu em Dubai e aprendeu com o pai pescador a nunca seguir o rebanho,
a ter opiniões próprias. No início do desenvolvimento acelerado da cidade,
trabalhava como advogado. Foi diretor da Associação de Juristas, uma
organização criada para pressionar o Estado a aprovar leis condizentes com a
legislação internacional de direitos humanos. Até que um dia ultrapassou os
limites de tolerância do xeque. Inconformado com o que chama de "sistema
de escravidão", deu entrevistas para a Human Rights Watch e a bbc.

Não tardou a receber ameaças da polícia: se não se calasse, perderia o emprego
e seus filhos ficariam proibidos de trabalhar. Mohammed acabou perdendo sua
licença de advogado e confiscaram-lhe o passaporte. "Entrei para a lista
negra do regime, assim como meus filhos", disse. "Os jornais estão
proibidos de me citar."

Na década de 1930, na última vez em que Dubai passou por uma depressão econômica,
houve um simulacro de democracia no emirado. Os comerciantes se uniram contra o
xeque Said bin Maktum Al Maktum, soberano da época, e exigiram que lhes fosse
dado o controle das finanças do Estado. A experiência durou alguns anos, mas o
xeque varreu-os do mapa com o apoio dos ingleses.

Hoje, o emirado transformou-se numa "creditópolis" sustentada por
contas que não fecham, com 107% de seu pib comprometidos com dívidas a pagar.
Não fosse o socorro que recebe do vizinho Abu Dhabi, cujo solo esbanja
petróleo, Dubai já teria falido. "Agora é Abu Dhabi que dita o ritmo – e
eles são muito mais conservadores e fechados do que nós", explica
Mohammed. "Nossa liberdade de expressão tende a ficar ainda mais
restrita", acredita ele. De fato, já existe uma lei de imprensa que proíbe
os veículos de comunicação de divulgar qualquer notícia que possa
"prejudicar a imagem ou a economia" de Dubai.

O fundamentalismo islâmico é visto como outra ameaça. Todo imã, ou líder
religioso, passou a ser nomeado pelo governo e seus sermões são monitorados
para garantir o tom moderado. O próprio Mohammed se mostra preocupado:
"Ainda não temos um fundamentalismo islâmico ativo, mas se não tivermos
meios de nos expressar, ele poderá emergir. Uma população silenciada vai
calando, calando, até o dia em que explode."

Existe um grupo para o qual a retórica de liberdade e liberação repentina
parece verdadeira – justamente o grupo que o governo mais reluta em liberar: os
gays. Num famoso hotel internacional, entro numa boate gay, possivelmente a
única da península arábica. Lá dentro, uma coleção de braços fortes e camisas
sem manga se movimenta ao som de Kylie Minogue, com muito ecstasy e
badalação. Igualzinho ao Soho. "Dubai é o melhor lugar do mundo muçulmano
para os gays", diz um jovem árabe de 25 anos, cabelos espetados, abraçado
ao parceiro. "Estamos vivos. Podemos nos reunir. A maioria dos gays árabes
não pode fazer isso."

Ser gay é considerado crime em Dubai, com pena de dez anos de reclusão, mas os
endereços dos espaços clandestinos circulam livremente na internet, e a
frequência é alta. "Eles podem fechar a boate, mas não vai adiantar, vão
apenas nos dispersar", diz um frequentador. Saleh, um soldado raso do
Exército da Arábia Saudita, veio a Dubai para assistir a um show do Coldplay.
"Na Arábia Saudita é difícil ser adolescente heterossexual", explica.
"Devido ao confinamento das garotas a gente acaba tendo relações
homossexuais. No fundo, todos os gays árabes querem morar em Dubai."

Os guias turísticos costumam se referir ao emirado como multirracial e
multicultural. Percebo, contudo, que cada grupo tende a permanecer em seu
próprio enclave étnico, tornando-se uma caricatura de si mesmo. Basta adentrar
o Double Decker, um bar para expatriados ingleses. Na entrada, a inevitável
cabine de telefone vermelha e placas de trânsito londrinas. O interior de
madeira sugere um clube colonial dos tempos do Império Britânico, mesclado a
discoteca dos anos 80 com luzes estroboscópicas e música estridente.

Caminho em direção a duas senhoras de aproximadamente 60 anos que bebericam.
"Fica-se em Dubai pelo estilo de vida", explica uma delas,
convidando-me para me juntar à mesa e à bebida. Todos os expatriados ocidentais
falam em estilo de vida, mas quando perguntamos o que é isso, a resposta é
vaga. Ann Wark, uma das inglesas, tenta precisar: "Aqui, saímos toda
noite, o que jamais faríamos no nosso país. Encontramos pessoas diferentes o
tempo todo. Tempo livre é o que não falta porque temos empregadas e serviçais
para todo tipo de trabalho. Vivemos de festa em festa."

As duas moram em Dubai há vinte anos e explicam como a cidade funciona.
"Existe uma hierarquia", diz Ann. "No topo estão os árabes dos
emirados, seguidos pelos ingleses e outros ocidentais. Mais abaixo imagino que
venham os filipinos, por serem mais espertos que os indianos. Por último estão
os indianos e todo o resto."

Ambas admitem que jamais conversaram com quem está no topo da pirâmide. Nunca?
"Não. Os árabes dos emirados são muito reservados."

Mais tarde, num bar de hotel, conversei com uma americana que trabalha na
indústria de cosméticos e mantém distância dos expatriados típicos. "Quem
não conseguiu ter sucesso em seu país vem para Dubai. Nunca vi tanta gente
incompetente, ocupando cargos tão altos, em nenhum outro lugar do mundo",
diz ela. "Tornam o lugar racista. A filipina que trabalhava para mim
ganhava um quarto do salário de uma funcionária européia que exercia a mesma
função. Quem trabalha de fato não ganha quase nada, enquanto esses gerentes de
meia tigela ganham 63 600 dólares por mês."

Com exceção dessa americana, os expatriados ocidentais com quem conversei têm
um ponto em comum: a felicidade de ter à disposição uma mordomia inimaginável
em seus países. Em Dubai, ao contratar uma empregada, você passa a exercer um
poder quase absoluto sobre ela. Isso inclui reter seu passaporte, pagá-la
quando quiser, decidir se ela terá direito a férias, e quando. Como a maioria
dos empregados não fala árabe, as chances de escaparem dessa camisa de força
são escassas.

Existe um único albergue feminino, e ele está repleto de domésticas que
tentaram a fuga. Mela Matari, uma etíope de 25 anos e sorriso inseguro, me
conta sua história – tão semelhante à de milhares de outras. Mela ouvira falar
de Dubai por um agenciador, largou a filha de 4 anos e veio fazer seu
pé-de-meia. "Fui trabalhar com uma família australiana de quatro filhos.
Das seis da manhã à uma da madrugada, todos os dias, sem dia de folga. Eles não
me pagavam: diziam que iam acertar tudo no final de dois anos. O que eu podia
fazer? Eu não conhecia ninguém aqui. Fiquei apavorada."

Chegou o dia em que Mela,
depois de uma sessão de maus-tratos, largou tudo, saiu correndo para a rua e
perguntou, num inglês sofrível, onde era o consulado da Etiópia. Lá chegando,
foi informada que precisava retornar à casa da patroa australiana para buscar o
passaporte. "Não dava", conta apenas. Mela está no albergue há seis
meses. Falou com a filha duas vezes. "Perdi meu país, perdi minha filha,
perdi tudo", constata.

O arquipélago artificial The World, ainda em construção, que forma o
desenho do mapa-múndi, está vazio. Foi abandonado. De binóculo, consigo
vislumbrar uma ilha autônoma, infértil na brisa salina, que seria a "Inglaterra".
Foi aqui que os empreiteiros se propuseram a reconstruir o mundo. Criaram ilhas
artificiais na forma das massas terrestres do planeta, com planos de vender
cada "continente" como terreno para futuras edificações. Havia
rumores de que o casal Beckham compraria a "Inglaterra". Mas quem
trabalha próximo ao megaempreendimento conta que há meses não vê movimento na
obra. "O mundo acabou", diz um sul-africano, aproveitando o
trocadilho.

Por toda a cidade, projetos delirantes que antes estavam "em obras"
agora estão em ruínas.
Entre eles, uma praia com ar-condicionado e um sistema de
resfriamento da areia para os usuários não queimarem os pés no longo caminho
entre a toalha e o mar.

Os projetos concluídos um pouco antes da crise estão vazios e malconservados.
Quem não se lembra da inauguração do hotel Atlantis, no inverno passado, cujo
festão consumiu 20 milhões de dólares e atraiu celebridades como Robert De
Niro? Localizado numa ilha artificial em forma de palmeira, o hotel hoje parece
um imenso sorriso banguela. O saguão central é uma cúpula monumental coberta
com bolas cintilantes, sustentada por oito palmeiras de concreto. Bem no meio
há uma estrutura de vidro reluzente em forma de intestino. Mas chove lá dentro:
a água vaza do telhado e os azulejos estão caindo.

Uma sul-africana do departamento de relações públicas me mostra as suítes mais
cobiçadas do hotel, explicando ser esse "o lugar mais luxuoso do
mundo". Passamos por lojas que vendem anéis de diamante por 38 milhões de
dólares. Uma das atrações do Atlantis são seus mega-aquários de tubarões, que
nadam entre castelos e submarinos artificiais, submersos. O hotel tem mais de 1
500 suítes, todas com vista para o mar. Na suíte Netuno, de três andares, os
tubarões podem observar o hóspede deitado na cama. Coisas de Dubai.

Hospedado no hotel mais classudo da cidade, o Park Hyatt, sou o único cliente
no restaurante. Um dos atendentes me diz ao pé do ouvido: "Antes isso aqui
fervia. Agora não vem quase ninguém." Naquele lugar enorme, me sinto como
Jack Nicholson no filme O Iluminado, o último homem numa casa
abandonada e mal-assombrada.

O hotel mais celebrado do emirado – o grande ícone de Dubai – continua sendo o
Burj Al Arab, construído à beira-mar em forma de gigantesco veleiro de vidro.
No saguão, converso com um casal que mora e trabalha em Londres e visita a
cidade há dez anos. Eles adoram. "Tudo é uma surpresa", contam.
"Na última viagem, no início das férias, nossa janela dava para o mar. Mas
antes de partirmos, uma ilha inteira já havia sido erguida à nossa
frente."

Dubai não é apenas uma cidade vivendo além de seus recursos financeiros. O
emirado também vive além de seus recursos ecológicos. Vemos gramados bem
cuidados, com irrigadores espirrando água para todos os lados, turistas fazendo
fila para nadar com golfinhos, pistas de esqui com neve de verdade construídas
no interior de um shopping center, numa espécie de freezer do tamanho de uma
montanha. Só que estamos em pleno deserto, num lugar que não tem água. Como
isso é possível?

A própria terra está tentando repelir Dubai, secando e apagando a cidade do
mapa. O novo campo de golfe que leva o nome de Tiger Woods precisa de 15
milhões de litros de água por dia para irrigação. O lugar é regularmente
açoitado por tempestades de areia que enevoam o céu e escondem a linha do
horizonte. Quando a areia baixa, o calor aumenta, abrasando tudo o que não
estiver sendo constantemente irrigado. O dr. Mohammed Raouf, diretor de meio
ambiente do Gulf Research Centre, não parece muito otimista: "Estamos num
deserto e tentamos ignorar isso. Pura insensatez. Não dá para desafiar o
deserto."

O xeque Maktoum construiu sua cidade-vitrine em um lugar sem água potável e sem
água alguma, exceto a do mar. Ela conta com pouquíssimos reservatórios e acusa
um dos índices pluviométricos mais baixos do mundo. Ou seja, Dubai bebe o mar.
A água dos emirados, dessalinizada em fábricas espalhadas por todo o Golfo, é a
mais cara do planeta. Segundo o dr. Raouf, caso a recessão se transforme em
depressão, Dubai pode ficar desabastecida.

"Por enquanto, ainda temos reservas financeiras que pagam o transporte de
água para o meio do deserto", disse ele. "Mas se nossa renda diminuir
– se, por exemplo, o mundo encontrar outra fonte de energia além do petróleo,
enfrentaremos um grande problema. Seria uma catástrofe. Dubai tem água só para
uma semana." Apenas para sobreviver, um morador de Dubai necessita de três
vezes mais água do que a média mundial.

O aquecimento global, acrescenta o dr. Raouf, piora ainda mais a situação.
"Estamos construindo todas essas ilhas artificiais, mas se o nível do mar
subir afunda tudo. Os engenheiros sempre garantem que está tudo bem, que essa
possibilidade já foi prevista nos cálculos, mas não tenho tanta certeza
assim."

Procurei investigar como o governo lida com um problema ambiental que já existe
– a poluição das praias. Uma americana que trabalha num dos grandes hotéis
vinha denunciando a situação em vários fóruns na internet. Contatei-a para
marcarmos um encontro. "Não posso falar com o senhor", respondeu ao
telefone, secamente. "Poderíamos, talvez, conversar sem que o seu nome
seja citado", ponderei. Ela desligou o telefone na minha cara.

No dia seguinte, apareço no seu escritório. "Se o senhor revelar minha
identidade serei mandada embora no primeiro avião", me adverte, antes de
começarmos a caminhar pela orla. "As primeiras reclamações vieram de
hóspedes que voltavam da praia. A água lhes parecia suja, e alguns contraíram
doenças. Então escrevi para o ministro da Saúde e do Turismo, à espera de uma
providência – e nada. Escrevi de novo e fui entregar as cartas pessoalmente.
Nada."

Os hóspedes começaram a encontrar camisinhas, absorventes íntimos e até fezes
boiando no mar. O hotel contratou uma empresa especializada em analisar a
qualidade da água, e foi detectada uma enorme quantidade de coliformes fecais e
bactérias. "Passei a recomendar aos hóspedes que evitassem a praia, mas
todo mundo ficou revoltado – afinal, eles vieram passar férias aqui para
isso."

A americana decidiu postar as informações nos fóruns virtuais de expatriados –
e todos puderam entender o que estava acontecendo. Dubai havia crescido de
forma tão desordenada que sua rede de esgoto não conseguia mais dar vazão. Os
caminhões-tanque de coleta, obrigados a fazer fila durante três ou quatro dias
nas estações de tratamento, cansavam-se de esperar e simplesmente abriam
buracos no chão para jogar a água não tratada ali mesmo. Inexoravelmente, ela
acabava indo direto para o mar. Mesmo depois que as autoridades reconheceram o
problema, a qualidade não melhorou: a água ficou escura e fedorenta. "É
resultado dos produtos químicos", aposta a americana.

Na minha última noite no emirado, já a caminho do aeroporto, parei numa
pizzaria perdida em meio às autoestradas. O estabelecimento é idêntico ao Pizza
Hut perto lá de casa, em
Londres. Muitos dos produtos que consumo na Inglaterra também
são fabricados por pessoas em regime de semiescravidão só que a mais de 3 mil
quilômetros de distância. Aqui elas estão a 3 quilômetros de
proximidade, e às vezes nos esbarramos. Talvez seja por isso que Dubai me
incomoda tanto.

Pergunto à moça filipina do balcão se ela gosta do lugar. "Gosto",
diz ela, inicialmente. "Pois eu detesto", rebato. Ela concorda e
desabafa: "Demorei alguns meses para perceber que tudo aqui é falso. Tudo.
As palmeiras são falsas, os contratos de trabalho são falsos, as ilhas são
falsas, os sorrisos são falsos. Dubai é como uma miragem. Você acha que avistou
água, mas quando chega perto vê que é só areia."

—– Forwarded by Carlos Henrique Arruda Dias/SWMB on 26/11/2009
13:45 —–

Joao
Claudio da Silva Couto/SWMB

26/11/2009
13:36

To

Diertson
Augusto dos Santos Gil/SWMB@SWMB, Carlos Henrique Arruda Dias/SWMB@SWMB

cc

Subject

Comissão
aprova exame de próstata periódico pago pelo empregador

 

Comissão
aprova exame de próstata periódico pago pelo empregador

A Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público aprovou nesta quarta-feira a obrigatoriedade de
incluir o exame de próstata para homens a partir dos 40 anos de idade entre os
exames médicos periódicos que devem ser promovidos pelo empregador. A proposta
também exige o acompanhamento psicológico, pago pelo empregador, quando o
resultado do exame for positivo.

O texto aprovado foi o
substitutivo do deputado Mauro Nazif (PSB-RO) ao Projeto de Lei 2374/07, do
deputado Clodovil Hernandes, morto em março deste ano.

O projeto original previa a
obrigatoriedade do exame pago pelo empregador apenas no momento da admissão. O
relator, porém, argumentou que será mais eficaz na prevenção e tratamento
precoce da doença a exigência de exame de forma periódica e contínua.

Acompanhamento psicológico

Nazif também discordou do
substitutivo aprovado anteriormente pela Comissão de Seguridade Social e
Família, que retirava a exigência de o empregador oferecer acompanhamento
psicológico durante o tratamento. O relator considerou que esse acompanhamento
é parte integrante do processo de recuperação da saúde do trabalhador, e o
manteve na proposta aprovada.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter
conclusivo, segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania.

fonte : http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/143382.html

João Claudio
Couto
Supervisão Jurídica
Schweitzer-Mauduit do Brasil

From: Silvana Quintanilha
[mailto:silvanna00@hotmail.com]
Sent: terça-feira, 24 de novembro de 2009 10:47
To: Quintanilha Silvana
Subject: Fw: Visita indesejável – Para refletir.

http://www.eagora.org.br/arquivo/visita-indesejavel/

Visita indesejável

José
Serra, Folha de S. Paulo, 23/11/09

O mesmo
país que tentou oferecer segurança e consolo a vítimas do Holocausto estende
honras a quem banaliza o mal absoluto?

É DESCONFORTÁVEL
recebermos no Brasil o chefe de um regime ditatorial e repressivo. Afinal,
temos um passado recente de luta contra a ditadura e firmamos na Constituição
de 1988 os ideais de democracia e direitos humanos. Uma coisa são relações
diplomáticas com ditaduras, outra é hospedar em casa os seus chefes.

O presidente
Ahmadinejad, do Irã, acaba de ser reconduzido ao poder por eleições
notoriamente fraudulentas. A fraude foi tão ostensiva que dura até hoje no país
a onda de revolta desencadeada. Passados vários meses, os participantes de
protestos pacíficos são brutalizados por bandos fascistas que não hesitam em
assassinar manifestantes indefesos, como a jovem estudante que se tornou
símbolo mundial da resistência iraniana. Presos, torturados, sexualmente
violentados nas prisões, os opositores são condenados, alguns à morte, em
julgamentos monstros que lembram os processos estalinistas de Moscou.

Como reagiríamos se
apenas um décimo disso estivesse ocorrendo no Paraguai ou, digamos, em
Honduras, onde nos mostramos tão indignados ao condenar a destituição de um
presidente? Enquanto em Tegucigalpa nos negamos a aceitar o mínimo contacto com
o governo de fato, tem sentido receber de braços abertos o homem cujo ministro
da Defesa é procurado pela Interpol devido ao atentado ao centro comunitário
judaico em Buenos Aires, que causou em 1994 a morte de 85 pessoas?

A acusação nesse caso
não provém dos americanos ou israelenses. Foi por iniciativa do governo
argentino que o nome foi incluído na lista dos terroristas buscados pela
Justiça. Se Brasília tem dúvidas, por que não pergunta à nossa amiga, a
presidente Cristina Kirchner?

Democracia e direitos
humanos são indivisíveis e devem ser defendidos em qualquer parte do mundo. É
incoerente proceder como se esses valores perdessem importância na razão direta
do afastamento geográfico. Tampouco é admissível honrar os que deram a vida
para combater a ditadura no Brasil, na Argentina, no Chile e confratenizar-se
com os que torturam e condenam à morte os opositores no Irã. Com que autoridade
festejaremos em março de 2010 os 25 anos do fim da ditadura e do início da Nova
República?

O extremismo e o gosto
de provocação em Ahmadinejad o converteram no mais tristemente célebre negador
do Holocausto, o diabólico extermínio de milhões de seres humanos, crianças,
mulheres, velhos, apenas por serem judeus. Outros milhares foram massacrados
por serem ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência. O Brasil se orgulha
de ter recebido muitos dos sobreviventes desse crime abominável, que não pode
ser esquecido nem perdoado, quanto menos negado. O mesmo país que tentou
oferecer um pouco de segurança e consolo a vítimas como Stefan Zweig e Anatol
Rosenfeld agora estende honras a alguém que usa seu cargo para banalizar o mal
absoluto?

As contradições não
param por aí. O Brasil aceitou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e,
juntamente com a Argentina, firmou com a Agência Internacional de Energia
Atômica um acordo de salvaguardas que abre nossas instalações nucleares ao
escrutínio da ONU. Consolidou com isso suas credenciais de aspirante
responsável ao Conselho de Segurança e expoente no mundo de uma cultura de paz
ininterrupta há quase 140 anos com todos os vizinhos. Por que depreciar esse
patrimônio para abraçar o chefe de um governo contra o qual o Conselho de
Segurança cansou de aprovar resoluções não acatadas, exortando-o a deter suas
atividades de proliferação?

Enfim, trata-se da
indesejável visita de um símbolo da negação de tudo o que explica a projeção do
Brasil no mundo. Essa projeção provém não das ameaças de bombas ou da coação
econômica, que não praticamos, mas do exemplo de pacifismo e moderação, dos
valores de democracia, direitos humanos e tolerância encarnados em nossa
Constituição como a mais autêntica expressão da maneira de ser do povo
brasileiro.

JOSÉ SERRA, 67, economista, é o governador de São Paulo. Foi senador pelo
PSDB-SP (1995-2002) e ministro do Planejamento e da Saúde (governo Fernando
Henrique Cardoso) e prefeito de São Paulo (2005-2006).

—– Forwarded by Carlos Henrique Arruda Dias/SWMB on 24/11/2009 09:55 —–

Diertson Augusto dos Santos Gil/SWMB

24/11/2009 08:54

To

cc

Subject

Enc: CPF na Nota Fiscal

 

RECEBI E REPASSO

CPF NA NOTA FISCAL

leiam DEVAGAR E PROCUREM CAPTAR OS DETALHES DESTA TRAMA

No mês passado, o Governo do Distrito Federal iniciou um programa para incentivar as pessoas a exigirem a Nota Fiscal no ato de cada compra. O negócio funciona mais ou menos assim: Você está no restaurante, acabou de fazer sua refeição e vai até o caixa pagar a conta. Neste instante, você menciona que deseja a Nota Fiscal da sua refeição. Então o operador solicita seu CPF (sem CPF não funciona) e emite a nota. Você guarda esta nota e posteriormente (após uns 2 meses), pode consultar um site da Secretaria da Fazenda. Lá vão constar todas as notas que você solicitou, bem como um Crédito a seu favor. Esse crédito que o governo vai conceder a você, será usado para diminuir no valor de impostos, como o IPTU e IPVA.

Mas é importante lembrar apenas que a proporção é mais ou menos assim: de R$ 400,00 em ICMS (e não sobre o valor do total gasto) voce vai ganhar o desconto de R$ 1,00. Ou seja, para que vc ganhe esse R$ 1,00 vc deverá acumular, em gastos, mais de R$ 1.500,00. Está em dúvida? Faça o teste!

Olha a pegadinha ! ! !  Preste muita atenção na jogada do governo.

Você pede a Nota Fiscal, o restaurante paga mais ICMS para o governo. . .
_"Ah! Mas eu vou ganhar um desconto no meu IPVA !"  É verdade.
Você ganha um desconto de R$ 1,00 e paga R$ 10,00 a mais nos seus impostos. Que vantagem Maria leva? Além disso o governo agora estará controlando sua vida, seus gastos, etc.

Cada nota que você pede, você fornece seu CPF, logo o governo tem condições de avaliar quanto foi sua verdadeira renda (independente dela ser formal ou informal). Se você gastou e pediu Nota Fiscal, é porque você tinha dinheiro. E se você tinha dinheiro é porque você ganhou. E se você ganhou, você tem que prestar contas ao "Leão". Consequentemente, isso vai acabar gerando mais Imposto de Renda para cada um de nós.

Note que essa jogada não é só do GDF. É uma iniciativa do Governo Federal juntamente com todos os estados do Brasil. Tudo está acontecendo sorrateiramente.

Sem que ninguém perceba, o governo está assumindo o controle total sobre a vida financeira de cada cidadão. Tenho fé, que ainda possamos perceber e escapar dessa armadilha.

DIGA NÃO a Nota Legal. Não temos SAÚDE, não temos EDUCAÇÃO, não temos TRANSPORTE COLETIVO E AINDA VAMOS PAGAR MAIS IMPOSTOS… ESTÁ BEM CLARO, ELES FICARAM SEM A CPMF E LOGO CRIARIAM  ALGO SIMILAR… E ESTA É AINDA PIOR, POIS CONTROLA SUA VIDA… LHE DÁ FALSO PODER DE DESCONTO… TUDO UMA GRANDE JOGADA…. FAÇA SUA PARTE E DIGA NÃO AO PROGRAMA NOTA LEGAL.

Já somos "escravos" do governo, por ter que trabalhar 4 meses de cada ano só para pagar impostos (sobram apenas 8 meses para sustentar a família).
Imagine se eu permitir que o governo tenha controle total sobre minha vida. Aí que eu vou ver o que é ser "escravo"!

Por favor, repasse esta mensagem a toda sua lista de e-mails, seus amigos precisam saber disso. Somente unidos é que podemos nos defender disso.

Espero que esta mensagem chegue as mãos de um "boca grande", que seria a pessoa ideal para "colocar a boca no trombone". Se dependermos do restante da imprensa e da mídia, estamos "ferrados e mal pagos".

Dilson de Paula
CRC-DF 8346

From: JC Couto
[mailto:jccoutobrasil@gmail.com]
Sent: quarta-feira, 18 de novembro de 2009 18:23
To: JC Couto (Yahoo!)
Subject:
Previsões para as Olimpíadas

Previsões para as Olimpíadas

De 2010 a 2015

1.
ONG’s vão pipocar dizendo que apoiam o esporte, tiram crianças das ruas e as
afastam das drogas.

2.
Um grupo de funk vai fazer sucesso com uma música (?) que diz: "vou pegar
na tua tocha e você põe na minha pira" (sendo que eles nunca souberam o
que era uma pira até então).

3.
Um ano antes a Globo vai instalar aqueles relógios ridículos na orla de
Copacabana e em outras capitais, fazendo a contagem regressiva para o início
dos jogos.

4.
Uma escola de samba vai homenagear os jogos, rimando “barão de coubertin” com
“sol da manhã”. Gilberto Gil virá no ultimo carro alegórico vestido de
lantejoulas douradas representando o “espírito olímpico do carioca visitando a
corte do Olimpo num dia de sol ao raiar do fogo da vitoria”.

5.
Haverá um concurso pra nomear a mascote dos jogos, que será um desenho
misturando um índio, o sol do Rio, o Pão de Açúcar e o carnaval – criado
por Hans Donner. Os finalistas serão nomes tais como “Zé do Olimpo”,
“ChicoTochinha” e “Kaíque Maratoninha”.

6.
Luciano Huck vai eleger a "Musa dos jogos", concurso que durará um
ano e elegerá uma "modelo" chama Kathyn Milene Suellen da Silva.

7.
Milhões de produtos serão anunciados como oficiais dos jogos, desde as
habituais camisetas "RIO 2016 – EU VOU" até calcinhas e – lógico –
biquínis que, de tão pequenos, terão apenas 2 dos 5 anéis olímpicos.

Abertura dos jogos

1.
A tocha olímpica será roubada ao passar pela baixada fluminense. O COB vai
encomendar outra, com urgência, ao carnavalesco da Beija flor.

2.
Zeca Pagodinho, Diogo Nogueira, Dudu Nobre e a bateria da Mangueira farão um
show na praia de Copacabana para comemorar a chegada do fogo olímpico ao Rio.
Por motivo de segurança, Zeca Pagodinho será impedido de ficar a menos de 500
metros da tocha.

3.
Durante o percurso, milhares de brasileiros vão invadir a rua e correr ao lado
do atleta que porta a tocha olímpica, carregando cartolinas onde se lê
"GALVÃO FILMA NÓIS", "100% FAVELA DO RATO MOLHADO".

4.
Pelé vai errar o nome do presidente do COI, discursar em inglês macarrônico
elogiando o povo carioca e, ao final, vai tropeçar no carpete que foi colado 15
minutos antes do início da cerimônia.

5.
Claudia Leitte e Ivete Sangalo vão cantar o “hino das olimpíadas” composto por
Latino e MC Medalha. As duas vão duelar durante a música para ver quem aparece
mais na TV.

6.
Durante o Hino Nacional Brasileiro, a platéia vai errar a letra,
chorar como se entendesse o que está cantando e aplaudir no final como se fosse
um gol.

7.
Uma brasileira com um top amarelo, um shortinho verde e a bandeira do Brasil
pintada na bochecha será filmada várias vezes.

8.
Por falta de gás, na última hora (já que a cerimônia só foi ensaiada uma vez e
durante a madrugada que antecede o evento), a pira não vai funcionar. Zeca
Pagodinho será o substituto temporário. Em entrevista ao Fantástico, ele dirá
que não se lembra direito do fato.

9.
154 passistas de fio-dental vão iniciar a cerimônia mostrando o legado cultural
do Rio ao mundo: a bala perdida, o tráfico de drogas, o funk e a favela.

10.
Durante os jogos de tênis, a platéia brasileira vai vaiar os jogadores
argentinos, obrigando o árbitro da partida a pedir silêncio por 774 vezes. Como
ele pedirá em inglês, ninguém vai entender nada e vão continuar vaiando.
Galvão Bueno vai dizer que "vaiar é bom, mas vaiar os argentinos é melhor
ainda". Oscar concordará e depois pedirá desculpas, chorando no programa
do Gugu.

11.
Um simpático cachorro vira-latas furará o rígido esquema de segurança,
invadindo o desfile da delegação jamaicana. Será carregado por um dos atletas e
permanecerá no gramado do Maracanã durante toda a cerimônia. Será apelidado de
Marley, motivo de 200 reportagens e será adotado por uma modelo emergente que
ficará com dó do pobre animalzinho e dirá que "ele é gente como a
gente".

12.
Adriane Galisteu posará para a capa de "CARAS" ao lado do grande amor
da sua vida (um executivo do COB, claro).

13.
Os pombos soltos durante a cerimônia serão alvejados por tiros disparados e uma
favela próxima e vendidos assados na saída do maracanã por "dois
real".

Durante os jogos

1.
Caetano Veloso dará entrevista dizendo que o Rio é lindo, a cerimônia de
abertura foi linda e que aquele negão da camiseta 74 da seleção americana de
basquete é lindo.

2.
Uma modelo-manequim-piranha-loura-burra-atriz-exBBB vai engravidar de um
jogador de hóquei americano. Sua mãe vai dar entrevista na Luciana Gimenez
dizendo que sua filha era virgem até ontem (apesar de ter namorado 28 homens
nos últimos seis meses) e que o atleta americano a seduziu com falsas promessas
de vida nos EUA. Após o nascimento do bebê, ela posará nua e terá um programa
de fofocas numa rede de TV de menor expressão.

3.
No primeiro dia, os Estados Unidos, a China e o Canadá já somarão 74 medalhas
de ouro, 102 de prata e 13 de bronze. Os jornalistas brasileiros vão dizer
a cada segundo que o Brasil é esperança de medalha em 200 modalidades e certeza
de medalha em outras 37.

4.
Faltando 3 dias para o fim dos jogos, o Brasil terá 3 medalhas de bronze e 1 de
ouro, ganhadas por atletas desconhecidos até então, em um esporte tipo
"caiaque em dupla". Eles serão idolatrados por 15 minutos (somando
todas as emissoras abertas e a cabo) como exemplos de força e determinação. A
Hebe vai dizer que "eles são uma gracinha" ao posarem mordendo a
medalha e nunca mais se ouvirá os nomes dos atletas.

5.
A seleção brasileira de futebol (comandada por Ronaldo Fenômeno e tendo Obina
como assessor) vai chegar como favorita. Passará fácil pela primeira fase e
entrará de salto alto na fase final, perdendo para a seleção de Sumatra por
humilhantes 3X0, tendo que disputar a medalha de bronze com um país
centro-americano. Vencerá por 1X0 e não comparecerá à cerimônia de entrega das
medalhas porque os jogadores "tinham compromisso em seus clubes
europeus".

6.
A seleção americana de vôlei visitará uma escola patrocinada pelo "Criança
Esperança". Nenhuma criança vai entender nada do que eles falarão mas vão
rir prá valer ao aparecer na TV. Três meninos vão ganhar uma bola e um uniforme
completo dos jogadores. Estes mesmos meninos serão encontrados mortos na semana
seguinte e os uniformes nunca mais serão vistos.

7.
Os traficantes da Rocinha vão roubar aquele pó branco que os ginastas passam na
mão. Um atleta cubano será encontrado morto numa boate do Baixo Leblon (depois
de tanto cheirar o pó branco). O COB – a fim de não atrasar as competições de
ginástica – vai substituir o tal pó pelo cimento que estará estocado nos fundos
do ginásio, uma vez que as obras ainda não terão terminado (fato que será usado
como desculpa pela eliminação dos ginastas brasileiros).

8.
Um atleta brasileiro nunca visto antes terminará em 62º lugar na sua modalidade
e roubará a cena ao levantar a camiseta mostrando uma outra onde se lê :
"JARDIM MATILDE NA VEIA".

9.
Vários atletas brasileiros, apontados como promessa de medalha, serão eliminados
logo no inicio da competição. Suas provas serão reprisadas em slow-motion e 400
horas de programas de debate esportivo vão analisar os motivos das suas falhas.

10.
Todos os brasileiros entenderão todas as regras de todas as modalidades que eles
nunca nem ouviram falar, mas saberão na ponta da língua na hora de xingar o
atleta que foi eliminado.

Após os jogos

1.
Um boxeador brasileiro negro de 1,85 m. estrelará um filme pornô, para pagar as
despesas que teve para estar nos jogos (e não obteve patrocínio).

2.
Faustão entrevistará os atletas brasileiros que não ganharam medalhas (ou seja,
quase todos). Não os deixará pronunciar uma palavra sequer, mas dirá que
"esses caras são exemplos no profissional tanto quanto no pessoal",
"amigos dos amigos", etc etc.

3. Aquela
brasileira de top amarelo, shortinho verde e bandeira do Brasil
pintada na bochecha, filmada várias várias vezes na cerimônia de abertura,
posará para a Playboy (sem o top e sem o shortinho, mas com a bandeira pintada
em outras partes do corpo que também começam com a letra B).

4.
As ONG’s, que antes dos jogos diziam que apoiavam o esporte, tiravam crianças
das ruas e as afastavam das drogas, serão investigadas por desvio de dinheiro
publico, pedofilia e tráfico internacional de órgãos. Será instaurada uma CPI.
Ninguém será preso.


JC Couto
Photos : http://www.flickr.com/photos/jccouto
Twitter : @jccoutobrasil

From: Gustavo Charles
Peixoto de OLi [mailto:gustavochapoli@yahoo.com.br]
Sent: quinta-feira, 19 de novembro de 2009 18:46
To: Carlos Henrique Arruda Dias; José Ricardo Guedes Gomes; Maísa Pêgas;
Maisa Carla de Carvalho Pêgas; Elison Granadeiro
Subject: Enc: Fwd: CAZUZA – o filme.

—– Mensagem
encaminhada —-
De: Victor Amiel <amielvictor@gmail.com>
Para: Mirian Amiel <mirianamiel@gmail.com>
Enviadas: Quinta-feira, 19 de Novembro de 2009 14:19:56
Assunto: Fwd: CAZUZA – o filme.

Valores invertidos!

POR FAVOR NÃO SEJAMOS HIPÓCRITAS MAIS UMA VEZ E
ACHAR QUE TUDO É RADICALISMO, VAMOS SER SENSATOS E CIENTES PARA SABER A
VERDADE, ELA DOE MAS FOI O PRÓPRIO SER HUMANO QUE À QUIS MASCARAR PARA QUE TUDO
SE ADEQUASE A SUA MANEIRA DE VIVER.

Esse cidadão dizia:

"Todos os meus heróis morreram de
overdose".
E
era aplaudido.

É
… DEVIAM COLOCAR o texto abaixo NUM OUTDOOR LÁ NA PRAÇA CAZUZA, NO
LEBLON…

Psicóloga x Cazuza!

Uma psicóloga escreveu, corajosamente algumas verdades.

 Uma psicóloga que assistiu ao filme
escreveu o seguinte texto:

Fui
ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa
estarrecedora.. As pessoas estão cultivando
ídolos errados..
.

Como
podemos cultivar um ídolo como Cazuza?

Concordo
que suas letras são muito tocantes,

mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.

Marginal,
sim,
pois Cazuza foi uma pessoa
que viveu

à margem da sociedade,
pelo menos de uma sociedade que buscamos

construir,
com educação, respeito, conceitos de certo e errado.

No
filme, vi um rapaz mimado, irresponsável, banal,

que
nunca precisou trabalhar para conseguir nada
,


tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para
satisfazer

as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar

das
suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.

São esses pais que devemos ter como exemplo?

Cazuza
só começou a gravar porque o pai era diretor

de
uma grande gravadora.

Existem
vários talentos que não são revelados

por
falta de oportunidade ou por não terem algum
contato.

Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro,

admitiu
que ele trouxe drogas da Inglaterra,

um
verdadeiro criminoso
. Concordo com o juiz Siro Darlan

quando ele diz que a única diferença entre Cazuza

e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.

Fiquei
horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente
ter visto o filme.

Precisei conversar muito para que ela não começasse a
acreditar

que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair

e outras coisas, fossem certas. Já que foi isso mostrado pelo filme.

Por
que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes

que
tenham algo de bom para essa juventude já tão
transviada
?

Será
que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?

Devo
lembrar aos pais que a morte de Cazuza

foi consequência da educação errônea a que foi submetido.

Será
que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se
tivesse tido

pais que dissesem NÃO quando necessário?

Lembrem-se,
dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.

Não
deixem seus filhos à revelia para que não precisem

se
arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar.

Não se preocupem em ser ‘amigo’ de seus filhos.
Eduque-os

e
mais tarde eles verão que você foi à pessoa

que mais os amou e foi,
é, e sempre será,
o seu melhor amigo,

pois amigo não diz SIM sempre.’

Karla Christine – Psicóloga Clínica

 

From:
carlosha@swmb.com.br [mailto:carlosha@swmb.com.br]
Sent: quinta-feira, 12 de novembro de 2009 11:20
To: carloshadd@hotmail.com
Subject: A menor redação do ENEM …

—–
Forwarded by Carlos Henrique Arruda Dias/SWMB on 12/11/2009 11:19 —–

Diertson
Augusto dos Santos Gil/SWMB

12/11/2009
08:26

To

cc

Subject

Enc:
Fw: A menor redação do ENEM…

 

Assunto: A menor redação do
ENEM…

Redassão

Tema: O mano

Quando eu tiver um mano,
vai-se chamar Herrar, porque
Herrar é o mano.

Fui…

From:
carlosha@swmb.com.br [mailto:carlosha@swmb.com.br]
Sent: segunda-feira, 16 de novembro de 2009 17:05
To: carloshadd@hotmail.com
Subject: Seis aulas de Gestão Estratégica

—– Forwarded by Carlos Henrique Arruda Dias/SWMB on 16/11/2009
17:03 —–

Marcus
Vinicius Braga/SWMB

16/11/2009
16:36

To

Carlos
Henrique Arruda Dias/SWMB@SWMB

cc

Diertson
Augusto dos Santos Gil/SWMB@SWMB

Subject

Aulas
de MBA – Gestão Estratégica de Negócios

 

SEIS AULAS DE GESTÃO ESTRATÉGICA

AULA 1
Um homem está entrando no chuveiro enquanto sua mulher acaba de sair e está se
enxugando. A campainha da porta toca. Depois de alguns segundos de discussão
para ver quem iria atender a porta a mulher desiste, se enrola na toalha e
desce as escadas. Quando ela abre a porta, vê o vizinho Nestor em pé na
soleira. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, Nestor diz: – Eu lhe dou
3.000 reais se você deixar cair esta toalha!
Depois de pensar por alguns segundos, a mulher deixa a toalha cair e fica nua.
Nestor então entrega a ela os 3.000 reais prometidos e vai embora.
Confusa, mas excitada com sua sorte, a mulher se enrola de novo na toalha e
volta para o quarto. Quando ela entra no quarto, o marido grita do chuveiro:
– Quem era?
– Era o Nestor, o vizinho da casa ao lado, diz ela.
– Ótimo! Ele lhe deu os 3.000 reais que ele estava me devendo?

Conclusão: *Se você compartilha informações a tempo, você pode prevenir
exposições desnecessárias*.

AULA 2
Um padre está dirigindo por uma estrada quando um vê uma freira em pé no
acostamento. Ele para e oferece uma carona que a freira aceita. Ela entra no
carro, cruza as pernas revelando suas lindas pernas. O padre se descontrola e
quase bate com o carro. Depois de conseguir controlar o carro e evitar acidente
ele não resiste e coloca a mão na perna da freira. A freira olha para ele e
diz:
– Padre, lembre-se do Salmo 129!
O padre sem graça se desculpa:
– Desculpe Irmã, a carne é fraca…
E tira a mão da perna da freira. Mais uma vez a freira diz:
– Padre, lembre-se do Salmo 129!
Chegando ao seu destino a freira agradece e, com um sorriso enigmático, desce
do carro e entra no convento. Assim que chega à igreja o padre corre para as
Escrituras para ler o Salmo 129, que diz: ‘ Vá em frente, persista, mais acima
encontrarás a glória do paraíso’.

Conclusão: *Se você não está bem informado sobre o seu trabalho, você pode
perder excelentes oportunidades*.

AULA 3
Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua
encontram uma antiga lâmpada a óleo. Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela
sai um gênio. O gênio diz:
– Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês!
– Eu primeiro, eu primeiro – Grita um dos funcionários… – Eu quero estar nas
Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida…
Pufff e ele foi. O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:
– Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento
interminável de pina coladas!
Puff, e ele se foi..
– Agora você – diz o gênio para o gerente.
– Eu quero aqueles dois de volta ao escritório logo depois do almoço para uma
reunião!

Conclusão: *Deixe sempre o seu chefe falar primeiro*.

AULA 4
Na África todas as manhãs o veadinho acorda sabendo que deverá conseguir correr
mais do que o leão se quiser se manter vivo. Todas as manhãs o leão acorda
sabendo que deverá correr mais que o veadinho se não quiser morrer de fome.

Conclusão: *Não faz diferença se você é veadinho ou leão, quando o sol nascer
você tem que começar a correr.*

AULA 5
Um corvo está sentado numa árvore o dia inteiro sem fazer nada. Um pequeno
coelho vê o corvo e pergunta: – Eu posso sentar como você e não fazer nada o
dia inteiro?
O corvo responde:
– Claro, porque não?
O coelho senta no chão embaixo da árvore e relaxa. De repente uma raposa
aparece e come o coelho.

Conclusão: *Para ficar sentado sem fazer nada, você deve estar no topo*.

AULA 6
Um fazendeiro resolve colher algumas frutas em sua propriedade, pega um balde
vazio e segue rumo às árvores frutíferas. No caminho ao passar por uma lagoa,
ouve vozes femininas que provavelmente invadiram suas terras.
Ao se aproximar lentamente, observa várias belas garotas nuas se banhando na
lagoa, quando elas percebem a sua presença, nadam até a parte mais profunda da
lagoa e gritam:
– Nós não vamos sair daqui enquanto você não deixar de nos espiar e for embora.
O fazendeiro responde:
– Eu não vim aqui para espiar vocês, eu só vim alimentar os jacarés!

Conclusão: *A criatividade é o que faz a diferença na hora de atingirmos nossos
objetivos mais rapidamente*.

From: JC Couto [mailto:jccoutobrasil@gmail.com]
Sent: sábado, 7 de novembro de 2009 09:54
To: JC Couto (Yahoo!)
Subject: EU AJUDEI A DESTRUIR O RIO!

EU AJUDEI A DESTRUIR O RIO!

Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília , critica o "cinismo" dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas. Guedes desafia a todos que tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir:

"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro". Leia o artigo na íntegra.

"Eles ajudaram a destruir o Rio".

É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro. Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.

Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente. Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barezinhos de Ipanema e Leblon. Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias.

Quanto mais glamoroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.

Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca e brasileira, por extensão. Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato.

Festa sem cocaína era festa careta. As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores:entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.

Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou. Onde há demanda, deve haver a necessária oferta. E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.

Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastacuera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país, e agora cortam cabeças de quem ousa-lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.

Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é, digamos assim, tolerado.

São doentes os que consomem. Não sabem o que fazem. Não têm controle sobre seus atos. Destroem famílias, arrasam lares, destroçam futuros.

Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas três últimas décadas, venham a público assumir:

"Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro."

Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audi’s, BMW’s e Mercedes.

JC Couto
Photos : http://www.flickr.com/photos/jccouto
Twitter : @jccoutobrasil

—–Original Message—–
From: JC Couto [mailto:jccoutobrasil@gmail.com]
Sent: quinta-feira, 5 de novembro de 2009 20:54
To: JC Couto (Yahoo!)
Subject: Abastecer com gasolina é mais vantajoso na maior parte do País
 

* Abastecer com gasolina é mais vantajoso na maior parte do País

Os recentes aumentos de preços do álcool no País reduziram a atratividade deste combustível para os proprietários de veículos flex. Um levantamento feito pelo Terra com base na pesquisa de preços mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) aponta que abastecer com o combustível renovável é vantajoso em apenas 10 Estados das 27 unidades da federação (26 Estados mais o Distrito Federal). Levantamento feito no último dia 13 apontava que o álcool era mais vantojoso frente a gasolina em 18 Estados.

A pesquisa leva em conta o critério de que o carro abastecido a álcool tem autonomia 30% menor do que quando abastecido na gasolina. Então, o preço por litro do combustível à base da cana-de-açúcar deve ser 30% menor do que o derivado do petróleo. A pesquisa da ANP leva em conta os preços médios por litro de cada combustível oferecidos pelos postos ao consumidor.

Os Estados onde ainda é vantajoso abastecer o carro flex a álcool são Mato Grosso (diferença de 48,96% no preço comparado com a gasolina), Goiás (38,65%), São Paulo (37,2%), Tocantins (34,82%), Paraná (34,49%), Alagoas (32,47%), Pernambuco (32,04%), Rio de Janeiro (31,19%), Rondônia (30,31%) e Mato Grosso do Sul (30,16%).

Na outra ponta da tabela, as diferenças menores entre o preço dos dois combustíveis são as verificadas em Roraima (20,01%), Amapá (20,07%), Pará (21,33%), Rio Grande do Sul (23,35%) e Piauí (25,99%).

A pesquisa de preços de combustíveis que é base do levantamento foi feita pela ANP entre 25 e 31 de outubro. *